quarta-feira, 21 de abril de 2010
Sentir
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Arte = vida
terça-feira, 10 de novembro de 2009
viva la vida
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
COMPORTAMENTO HUMANO
Enviado por renasamo. - Veja filmes em destaque e emissoras de televisão inteiras
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
la Mar del Silencio
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Red Hot Chili Pepper - Higher Ground
Pessoas
Continuem aprendendo
Soldados
Continuem guerreando
O mundo
Continue mudando
Porque não vai demorar muito
Poderes
Continuem mentindo
Porque não vai demorar muito
Eu estou muito arrependido mas contente que ele tenha me deixado tentar de novo
Pois em minha última vez na Terra eu vivi um mundo cheio de pecados
Eu estou tão contente que sei mais do que eu sabia antes
Então vou continuar tentando até eu atingir o topo
Continuem ensinando
Padres
Continuem pregando
Continuem amando
Enquanto crentes
Continuem acreditando
Sonâmbulos
Parem de dormir
Até eu atingir o topo
Porque eu e Stevie, veja, nós estamos navegando no som aterrorizante
Até eu atingir o topo
Nós estamos desatando, eu te interromperei, porque eu estou navegando
Até eu atingir o topo
Apenas, navegando, navegando, no topo
E vou atingir o topo
CONFUSÃO
A década de noventa, pra mim que tenho 24 anos, foi a década da minha infância, foi a década que o mundo acordou da história.
O Brasil é um país de 15 anos, no que se refere ao âmbito econômico.
Mal o capitalismo é consolidado no mundo, temos prova de que ele destrói e que não é tão bom assim!
Capitalismo = reprodução de capital
Capitalismo = ilusão
Capitalismo = a consumo exacerbado e descontrolado
Capitalismo = matrix
Capitalismo = ensaio sobre a cegueira
Capitalismo instala na sua cabeça que para você ser feliz, você tem que gastar, mas pra você gastar você tem que ter. Para você ter você tem que correr atrás.
Senadores... eles estão lá, na frente das câmeras da TV Senado somente gerindo interesses próprios, afinal de contas após tantos escândalos eles continuam exatamente no mesmo lugar onde estão.
Mas nós não temos tempo de ver isso, porque temos que reproduzir nosso capital e isso requer muito tempo nosso, requer nossa vida inteira:
- Estudamos no colégio;
- Alguns fazem faculdade;
- Alguns fazem pós;
- Alguns fazem MBA;
- Alguns fazem cursos profissionalizantes;
- Alguns estudam de língua estrangeira;
- Alguns fazem curso de computação;
- Alguns fazem curso de oratória;
- Trabalhamos!
- ...
Fora isso, nós lemos revistas, jornais, livros, TV Aberta, TV Fechada, nos divertimos, viajamos, saímos com os amigos...
Tem muita coisa pra se preocupar antes de olharmos em que porra de sistema a gente vive, ou para nossa vergonhosa nação mundial.
Alguns dos diversos fatores, que mostram como é bom viver na "vida fácil", que é difícil, por isso nunca saímos do mesmo lugar:
- Comprar é gostoso, comprar é fácil, ganhar é difícil;
- Ter internet em casa é bom;
- Ter carro é bom, facilita;
- Ter uma casa linda e decorada é bom, é muito bom;
- Consumir petróleo é bom, pois ele proporciona que tenhamos tudo;
- Nós não vemos a guerra pelo petróleo;
- Nós não vemos a fome e a miséria (não vou nem falar da África, me refiro a sua periferia ao lado);
- Nós não vemos “escravidão” que os chineses e outros povos, como Bangladesh, fazem para exportar e ter clientes como NIKE, SONY, LG...;
- Nós não vemos a camada de ozônio;
- Nós não vemos a extinção dos ursos panda, e nem sabemos que impacto isso criaria;
- Nós não vemos as fábricas de armas ganhando dinheiro com as guerras “religiosas”, as guerras da África (Senhor da Armas) [Uganda, Nigéria, Somália...]
- Entre outros milhares de problemas...
- Nós não sentimos nada disso, logo ligamos o foda-se!
A quem nossa sociedade está enganando?
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Wall Street
terça-feira, 21 de julho de 2009
Fala!!!
Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo.
Bete fora acusada de não ser mais virgem e os dois irmãos
subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o
medico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e
decretasse se tinha ou não o selo da honra.
Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca
mais foi a mesma, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo
para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.
Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar,
saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o
namorado.
Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame
ginecológico.
O laudo medico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais
internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer
do mundo. Realmente esqueceu, morrendo tuberculosa.
Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me
fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens tem
sobre o corpo das mulheres.
Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar.
Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos.
Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas
cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte-americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba.
Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.
E, com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras
mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento
de perda de auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes
universitários (56%) é composta de moças.
Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa
cientifica, na política, no jornalismo.
E no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender
a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torna-lo mais
distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que são as mulheres podem desarmar a sociedade.
Até porque elas são desarmadas pela própria natureza.
Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro,
tão bem representado por pistolas, revolveres, flechas, espadas e punhais.
Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.
Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como
fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.
As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque, tem que
derramá-lo na menstruação ou no parto.
Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas,
porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na
marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande
articuladora da paz. E para começar queremos pregar o respeito
ao corpo da mulher.
Respeito às suas pernas que tem varizes porque carregam latas
d'água e trouxas de roupa.
Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram
seus filhos ao longo dos anos.
Respeito ao seu dorso que engrossou, por que elas carregam o País
nas costas.
São as mulheres que imporão um adeus às armas, quando forem
ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.
"Nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda.
E meu peito não é de silicone; mas sou mais macho que muito
homem".
HELONEIDA STUDART